tu quebraste o ritmo, o ardor,
ao partires um a um
os ramos todos da tua juventude.
não estamos sós:
setembro traz ainda
um fruto em cada mão.
mas os homens, as aves e os ventos
já não bebem em ti a direcção.
ao partires um a um
os ramos todos da tua juventude.
não estamos sós:
setembro traz ainda
um fruto em cada mão.
mas os homens, as aves e os ventos
já não bebem em ti a direcção.
Eugénio de Andrade, in “Os amantes sem dinheiro”
3 comentários:
Existe cada poda mais estranha, que tenho sérias dúvidas se quem as faz percebe alguma coisa sobre o assunto.
Deixaste a fotografia "respirar" e fizeste muito bem, porque resultou em cheio.
Uma foto com uma expressividade tal que quase se prescinde do texto para lhe apanhar o significado.
Continuas com o olhar sempre atento.
Nada melhor que o tempo para resolver estas e outras quebras!!!!
Um beijo
Marzie
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