Uma máquina é pura, desde a inocência com que se nos revela, ou seja precisamente a exterioridade em que se nos dá. Mas uma inocência é uma abertura à realização do que o não é. O destino de uma máquina tem o destino que lhe dermos, e um dos piores é o finalizá-la nela própria. Assim e para lá da criação do seu próprio espaço, por uma máquina, da alteração que a sua própria existência em nós promove, todo o problema se decide no lugar-comum desta alternativa: remeter a máquina ao homem ou degradar o homem à máquina.
Vergílio Ferreira, in "Invocação ao Meu Corpo"
3 comentários:
Uma fotografia com umas cores que ninguém consegue ficar indiferente.
Mas se alguém conseguir ficar, então não consegue ficar indiferente com esta escultura (acho que posso chamar de escultura).
Gostei!
O sistema tem optado pela 2ª alternativa... degradar o homem à máquina!
A foto lembra a reconciliação dos corpos.
Mas se o homem se tem degradado perante a máquina, a postura e valências deste não são diferentes da mesma. Talvez por isso, assista à fusão dos corpos e preste a minha ovação à imagem que tão bem ilustra esta publicação.
Qual é o caminho do homem da actualidade?
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