Falo-te através das cidades
Falo-te através das planícies
A minha boca repousa na tua almofada
Os dois lados da parede opõem-se
À minha voz que te reconhece
Falo-te de eternidade
Ó cidades lembranças de cidades
Cidades envoltas nos nossos desejos
Cidades precoces e tardias
Cidades fortificadas cidades íntimas
Despojadas de todos os seus pedreiros
Dos seus pensadores dos seus fantasmas
(…)
E sobre o meu corpo o teu corpo estende
A toalha do seu espelho transparente.
Paul Éluard, in “Últimos Poemas de Amor”
2 comentários:
Falamos com o que podemos...
Um olhar muito bonito sobre uma cidade linda!
A forma como decidiu mostrar o edifício, por entre a vegetação, foi muito bem pensada e concretizada.
Parabéns!
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