Quando vier de novo o céu de maio largando estrelas
Eu irei, lá onde os pinheiros recendem nas manhãs úmidas
Lá onde a aragem não desdenha a pequenina flor das encostas
Será como sempre, na estrada vermelha a grande pedra recolherá sol
E os pequenos insetos irão e virão, e longe um cão ladrará
E nos tufos dos arbustos haverá enredados de orvalho nas teias de aranha.
As montanhas, vejo-as iluminadas, ardendo no grande sol amarelo
As vertentes algodoadas de neblina, lembro-as suspendendo árvores
(nas nuvens
As matas, sinto-as ainda vibrando na comunhão das sensações
Como uma epiderme verde, porejada.As matas, sinto-as ainda vibrando na comunhão das sensações
Vinicius de Moraes, in "Poesia Completa e Prosa"
2 comentários:
Um trabalho de artesã artista, tanto por parte da aranha como por parte da fotógrafa.
Bem bonita!
Que foto mais bonita!
... um olhar lindo sobre a vida.
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