Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite, para haver outro dia.
José Carlos Ary dos Santos
2 comentários:
A perfeição do bem estar!
Uma silhueta, ou melhor, várias silhuetas captadas com grande mestria.
E a cereja em cima do bolo, é a qualidade do céu...
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