Pego no disforme de uma pedra e vou
em busca de outra forma
de outro quente
de outra manta
Pego nas arestas de uma pedra
e sonho catedrais.
Arrisco a perfeição de uma coluna
onde meu rosto
possa receber a luz
da primeirrísima manhã.
Pego na bruteza de uma pedra
e sei que todo o meu trabalho é renascer
tecer palavras e sentidos
e cuidar da pedra
desbravar a pedra
numa outra geometria
de fios e segredos e afectos.
em busca de outra forma
de outro quente
de outra manta
Pego nas arestas de uma pedra
e sonho catedrais.
Arrisco a perfeição de uma coluna
onde meu rosto
possa receber a luz
da primeirrísima manhã.
Pego na bruteza de uma pedra
e sei que todo o meu trabalho é renascer
tecer palavras e sentidos
e cuidar da pedra
desbravar a pedra
numa outra geometria
de fios e segredos e afectos.
José Fanha
3 comentários:
Gaudi... por supuesto!
sou um homem
um poeta
uma máquina de passar vidro colorido
um copo uma pedra
uma pedra configurada
um avião que sobe levando-te nos seus braços
que atravessam agora o último glaciar da terra...
Mário Cesariny
Infelizmente já não se fazem edifícios assim.
Por outro lado, nenhum arquitecto tem a ousadia de seguir as pegadas de Gaudi.
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