Paris, 2012 © Adelina Silva
Duas linhas paralelas,
muito paralelamente,
iam passando entre estrelas
fazendo o que estava
escrito:
caminhando eternamente
de infinito a infinito.
Seguiam-se passo a passo
exactas e sempre a par
pois só num ponto do espaço,
que ninguém sabe onde é,
se podiam encontrar,
falar e tomar café.
Mas farta de andar sozinha,
uma delas certo dia
voltou-se para a outra
linha,
sorriu-lhe e disse-lhe
assim:
«Deixa lá a geometria
e anda aqui para o pé de
mim...»
(…)
José Fanha, in “Eu Sou Português
Aqui”
2 comentários:
Tramado fiquei eu, quando vi este grafismo fantástico.
:-)
Uma perspectiva fantástica. Adorei o grafismo.
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