Es Trenc, 2015 © Adelina Silva
Penso
muitas vezes no dia em que vislumbrei o mar pela primeira vez. O mar é grande,
o mar é imenso, o meu olhar vagueava pela praia fora e esperava ser libertado:
mas lá ao fundo, porém, estava o horizonte. Por que razão tenho eu um
horizonte? Da vida, eu esperei o infinito.
Acaso será
mais estreito, o meu horizonte, do que o das outras pessoas? Disse que me falta
o sentido dos factos — acaso terei esse sentido em demasia? Desisto cedo de mais?
Acabo depressa de mais? Será que conheço a felicidade e a dor apenas nos graus
mais baixos, apenas no estado rarefeito?
Thomas Mann, in "Contos"
1 comentário:
Foto e texto bem conseguidos…A felicidade é uma montanha russa sem interrupção…
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