mas desde que te foste estar aqui é oco,
cansativo, uma espera. E às vezes (como se
tivéssemos chorado) respirar custa.
sobretudo nada apetece.
sair para a rua? Ir então em frente a repetir
os passos, passear nas avenidas a espaçar as
horas – dispersar a espera?
tudo cinzento. Choverá?
aqui é que não fico. No quarto onde dormimos
o espaço sobra, e cada coisa já morreu ou está
a mais.
em toda a casa uma violência subterrânea:
a tua ausência
João Habitualmente
3 comentários:
...como uma prece!
Lindíssima fotografia.
Espero que não chova!
Até porque a terra da minha quintinha já está ensopada... :-)
As diferentes tonalidades deste céu, aliado à nudez da árvore, deu aquele impacto especial à fotografia.
Wow! Adorei o poema, pude rever-me nele! Muito bom!
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