Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia, in “O Dilúvio e a Pomba”
2 comentários:
Gosto muito destes sons que nos vais trazendo a cada passo.
Aproveito a oportunidade para lhe desejar um Feliz Natal, na companhia das pessoas que mais gosta.
Que ele seja essencialmente tranquilo, com Paz e muito feliz.
Tudo de bom para si!
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