terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Navio de Espelhos

Póvoa de Varzim, 2010 © Adelina Silva

O navio de espelhos
não navega cavalga

Seu mar é a floresta
que lhe serve de nível

Ao crepúsculo espelha
sol e lua nos flancos

Por isso o tempo gosta
de deitar-se com ele

Os armadores não amam
a sua rota clara

(Vista do movimento
dir-se-ia que pára)

(…)

Toda a nave cavalga
(como no espaço os astros)

Do princípio do mundo

até ao fim do mundo
Mário Cesariny

3 comentários:

Remus disse...

Até estou a ouvir o mar, as gaivotas, as ondas,...
Deixa-me navegar... sonhar...

mfc disse...

O traço simples... é tudo menos fácil!

Arnaldo Macedo disse...

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E no horizonte está um Mar em passo de Dança visto aos olhos de um Mocho...