sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tango

Pormenor quadro Marlene Pohle
Não pensar, não prever, não analisar, agir. Agir. Num ápice saltei para a primeira fila e sentei-me na cadeira ao lado da tua. Olhava para a Andie MacDowell no écran esforçando-me para achá-la bela, a mais bela de todas as mulheres. Tu também não olhaste para mim, endireitaste-te na cadeira levantando ligeiramente o teu corpo magro, desajeitado. Eu disse: Agarra a minha mão. Por favor agarra a minha mão com a tua. Antes de te olhar, antes de descobrir a tua cara, os teus olhos, a tua perplexidade, antes de te olhar pela primeira vez, antes de te olhar, antes de mais nada, agarra a minha mão. Recebe a minha mão. Dá-me a tua mão. E tu não hesitaste e não perguntaste e não analisaste e não fizeste contas à vida. Sorriste só. A minha mão esquerda e a tua mão direita. Duas mãos segurando-se uma à outra. Duas mãos a dançar. A tua mão grande, os dedos compridos, esguios, firmes, a agarrarem a minha mão com força, a pegarem e a largarem e a apertarem e a sentirem suavemente a pele e a apertarem outra vez e a fazerem vibrar todos os nervos do meu corpo e a darem mil voltas por trás e pela frente e pelos lados, os teus dedos entrelaçados com os meus, a abraçarem, a colarem as nossas mãos. E depois as mãos soltas e os dedos a desbravarem os secretos caminhos entre as linhas da vida nas palmas das mãos e os braços e os antebraços nus a acompanharem a dança. São precisos dois para dançarem o tango. Não era uma valsa, não. Era um tango. Um tango argentino dançado na perfeição pelas mãos de dois desconhecidos. Sem palavra alguma. Nenhuma era precisa. Duas mãos a dançar. Dois estranhos segurando-se pelas mãos. Duas mãos a fazerem amor. As mãos de dois estranhos faziam amor. As mãos faziam amor. Faziam amor.
Pedro Paixão, in "Mãos"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Penso em ti

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva


"Desejei-te ontem, demais, e hoje também. Todos os dias são o mesmo dia quando te desejo assim. Só penso em ti. És inigualável. De olhos fechados consigo encontrar-te noutros corpos, mas só o teu amo de olhos abertos. Amo-te demais. (...) Não te peço o teu amor. De ti não exijo nada. Mas nunca me digas que o amor é impossível. Tu fazes-me viver, sonhar, acordar com pesadelos. Quando te escrevo tu não foges das minhas páginas. Acompanho o teu sorriso de longe e de perto, meu príncipe das trevas, lindo. Guardo comigo o teu olhar e sei que te recordas do meu corpo a tentar convencer-te que o meu amor é inteiro, embora nunca o seja o bastante. É bom desconfiar do amor porque ele às vezes é traiçoeiro, metamorfoseia-se em reles sentimentos, eras tu que mo dizias. Eu não concordo. Desculpa-me príncipe, o ter-te acordado hoje tão cedo. (...) Tu sabes que eu sou uma apaixonada. Perdoa-me. Diz qualquer coisa logo que possas. Sinto saudades, é só. Não existe corpo, não existe face, não existe sexo e existe tudo isso.
Só o amor é imortal, acredita."



Pedro Paixão, in “Asfixia”

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são como peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
é pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.


Eugénio de Andrade

Sente-me

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva


Este livro.
Passa um dedo pela página.
Sente o papel como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.

Este livro tem palavras.
Esquece as palavras por momentos.
O que temos para dizer não pode ser dito.
Sente o peso deste livro.
O peso da minha mão sobre a tua.
Damos as mãos quando seguras este livro.

Não me perguntes quem sou.
Não me perguntes nada.
Eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.

Pousa os lábios sobre a página.
Pousa os lábios sobre o papel.
Devagar. Muito devagar. Vamos beijar-nos.
José Luís Peixoto

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desisto

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva

Caravelas

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este mar morto:
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...

Florbela Espanca.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Desejo

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva
Decididamente… as relações que se estabelecem entre os indivíduos são únicas. As expectativas que cada um desenvolve em relação ao outro e a forma como o outro retribui, nem sempre são coincidentes.
Há um tempo atrás, a propósito da amizade que se pode ou não existir entre um Homem e uma Mulher, dizia alguém que jamais essa possibilidade se colocaria, pois há sempre o “perigo” de uma atracção sexual. A minha opinião é que mesmo havendo essa possibilidade (e não entendo o porquê do perigo), a verdade é que a amizade está presente (ou não, dependendo dos indivíduos).
Na altura também veio à mesa, o que cada um esperava numa relação a dois. Pessoalmente, não quero alguém que me bajule, que me trate como uma coisa, que me ponha num pedestal, que me asfixie, que me controle. O que quero? Quero alguém que me ouça, que me entenda, que me apoie, que me chame à atenção, que ria e chore comigo, que partilhe o seu mundo e que me dê a oportunidade de retribuir da mesma forma.
Em suma: não nego a atracção sexual (a mente e corpo comandam), mas acredito de igual forma na amizade entre duas pessoas que se sentem mutuamente atraídas.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Palavras para quê?

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva
Vasculhei a minha mochila à procura do bloco de notas. Ocorreu-me que isto já fazia parte da minha segunda natureza e sorri ironicamente. Nem sequer estava ali em trabalho. De repente, tudo aquilo me pareceu engraçado e desatei a rir. Palavras. Afinal de contas, o que são as palavras?
Será que se elas não existissem eu teria vontade de sorrir na mesma? Será que quando para mim ainda não existiam palavras, quando sorrir era apenas um reflexo, eu teria gostado das coisas? “Parece que estás a divertir-te”, disse Okabe. E, pela primeira vez, apercebi-me de que estava; naquele momento estava realmente a divertir-me muito. É verdade. Levo sempre muito tempo para me aperceber do que sinto. Antes, quando me apercebi de que desejava Okabe e quando lhe disse de imediato que o desejava – aquilo para mim tinha sido um acontecimento.
Mari Akasaka, in “Vibrações”

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Acto de Amor

Barcelona, 2008 Adelina Silva



Bercense

donc... je te dis au revoir
avec meilleurs vouex et mille tendresses,
une amitié modeste mais précieuse
je pense à toi,
à ta timide voix
et je t'envoie mille baisers et mille caresses
qui te rejoindront pour te dire
que ma pensée est avec toi
donc... je te dis au revoir
la nuit descend sans sourire
je veux dormir, je vais dormir.
Lucía Etxebarria, in "Actos de Amor y de Placer"

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

The Story

Gaia, 2009 Adelina Silva

Ultimamente há uma música que me tem vindo a perseguir, logo pela manhã – a história da minha vida:
“Tu eras aquela que eu mais queria
P'ra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
P'ra todo o lado e até quem sabe?
Talvez casar
Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu”….Confesso que é durante as viagens entre casa e trabalho que aproveito para ir reflectindo na minha vida. Hoje pensei numa pergunta que me colocaram ontem: “Terias coragem para...?” Demorei algum tempo a responder… hesitei… contornei… balbuciei… não consegui dar uma resposta de sim ou de não. Não sei! O que é a coragem? Um acto heróico? Um acto altruísta? Acho que não fui corajosa ao avançar com uma resposta.
No amor há que ser corajoso… enfrentar de frente os obstáculos que se vão levantando. A coragem vê-se nas pequenas coisas. Sou corajosa? Talvez… sim… não sei.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Bilhete Postal

Gaia, 2009 Adelina Silva


Cariño,

Envio-te este postal para te dizer que estou bem. A distância (física, emocional, temporal e espacial) permitiu-me reflectir. Tinhas razão: eu sou diferente daqueles que privam contigo. Eu não poderia mais ficar a olhar para ti preso numa camisa de forças que tu próprio vestiste e apertaste. Não permitias que eu te libertasse.
Aqui, deste lado do rio, observo a tua agonia. Olho para ti e fico com o coração partido. Tentas libertar-te, mas não consegues. Tenho receio que caias ao rio e te afogues.
Quando um dia conseguires desprender-te das amarras, lembra-te que há sempre um barco ou uma ponte que faz a travessia. Seja qual for o meio que utilizes, eu estarei no cais ou do outro lado da ponte, de abraços abertos para te receber.
Jamais esquecerei o teu rosto passem dias, meses ou anos. Eu estarei sempre do teu lado, meu amor.


Um abraço bem forte desta que te adora

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Procura-se...

Porto, 2009 Adelina Silva
"...sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade." Al Berto
A vida tem destas coisas! Os sentimentos não se explicam… sentem-se… intuem-se… ama-se, simplesmente, porque sim! Porém, quando as coisas não estão bem, há como que uma campainha que nos vai soando. De início não damos importância. Pensamos, não era ninguém! Com o avançar do tempo, a campainha torna-se demasiado insistente. É um trimmmm contínuo. É então altura de dizer: Não! Basta!
Gostava de aprender a dizer a palavra Não. Tão simples de escrever com apenas três letras, mas tão difícil de pronunciar! Fica-nos entalada na garganta! É preciso um grito para que ela se solte: NÃO!
Perguntaram-me do que andas à procura? Lembrei de alguns versos do José Régio: “Amo o longe e a miragem… não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí…” Revejo-me nestes versos. O que procuro? Provavelmente o que todos procuram: ser feliz! Porque é que ser feliz parece tão difícil para certas pessoas? A felicidade está num sorriso que vemos na cara da pessoa de quem gostamos, a felicidade está no telefonema que recebemos, a felicidade está nos pequenos pormenores… Mas quando falta tudo… NÃO! NÃO! NÃO!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Deixa-me entrar no teu mundo

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva
A noite foi agitada... o dia foi longo... a mente pesava tudo o que tinha sido dito; o corpo reflectia o cansaço da noite. Tudo parecia cinzento... tudo era ruído... tudo perturbava...
Não conseguia compreender porque teria de compreender... Não entendia porque teria de entender... Porque raio teria de se sentir assim... coração apertado... nó na garganta....
Alguém lhe tinha dito em tempos: "Se não for contigo, não quero estar com mais ninguém". Lembrava-se agora disso... Na altura não o tinha recebido como um elogio, não tinha dado importância. Agora, reunindo todas as peças do puzzle, apercebeu-se que se entregava às pessoas, que se envolvia de uma forma quase ingénua... desprovida de interesse... acreditava no Ser Humano... e por várias vezes lhe tinham falhado nessa crença quase cega.
Olhou para as gaivotas... sentiu-se sozinha a olhar para o bando... posta de lado como uma leprosa. Uma lágrima espreitou... salgada... fria... logo outra veio atrás... e mais outra... As gaivotas olhavam-na, completamente desprotegida e infeliz...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Há-de flutuar uma cidade

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva



há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentado à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no
coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade

Al Berto

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A[O]caso

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva
No traço que te desenho,
Na frase de que és poema,
Na canção que te segredo
És o alvo que não tenho
E sem saber de outro tema
Mais não somos que enredo.

Mesmo se olho a Natureza
Em festa de pôr do sol
Numa alegria acabada
Não sei encontrar beleza.
Luís Telésforo, in “Labirinto de Espelhos”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

[Des]Conhecidos

Porto, 2009 Adelina Silva (self-portrait)
Sem te conhecer, esta poesia
Escrita com a mão, mas com ternura
Para veres que nem com a lonjura
Sabemos separar esta alegria.

Ao falarmos, nenhum de nós sabia
Como pôde nascer esta candura,
Mas ao pormos palavras com doçura
Nasceu-nos o sentido da magia.

Agora, ao passearmos as ideias
Envolvemos com os nossos desejos
O ser diferente no sentimento

De ter mútuo conhecimento
De saber, com um olhar sem peias,
Completarmo-nos com os nossos beijos.


Luís Telésforo, in “Labirinto de Espelhos”

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O Fogo que há em mim

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
Pablo Neruda

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

(Des)Encontros Virtuais

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objectos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente......
Sempre......
A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.

Pablo Neruda

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tu és...

Oviedo, 2008 Adelina Silva


Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Estou só

Póvoa de Varzim, 2008 Adelina Silva

É TARDE MEU amor
estou longe de ti com o tempo, diluíste-te nas veias das marés, na saliva de meu corpo sofrido
agora, tuas máquinas trituram-me, cospem-me, interrompem o sono
habito longe, no coração vivo das areias, no cuspo límpido dos corais... e no ventre impossível das cidades nocturnas
a solidão tem dias mais cruéis
(...)

o mar tem a solidão dos teus ais... medonhos ais, que persistem para lá da demorada insónia
o sal tornou-se rubro e cospe flores que provocam o sono, e o esquecimento

Al Berto, in "Vigílias"

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O fiel jardineiro

Póvoa de Varzim, 2009 Adelina Silva
O dia estava a ameaçar chuva, embora uns raios de sol teimassem em romper as nuvens. O ar estava frio.
Encostou-se à janela, a observar o que se passava na rua, enquanto tomava uma bebida quente.
O pequeno jardim que tão descuidado estava, apresentava-se agora completamente diferente: arranjado e com um novo visual a lembrar o japonês.
Aquele jardim era uma metáfora de uma relação a dois. Para que funcione é preciso cuidar dela, adobá-la, retirar as ervas daninhas, pôr uma estaca aqui e outra ali, solidificá-la e esperar que cresça saudável e resistente às adversidades.
No início de 2009 que mais poderia desejar? Que todos tenham o seu jardim bem cuidado!!!