Lisboa, 2011 © Adelina Silva
Quem jaz no grão sepulcro, que descreve
Tão ilustres sinais no forte escudo?
Ninguém, que nisso, enfim, se torna tudo;
Mas foi quem tudo pôde e quem tudo teve.
Foi Rei? Fez tudo quanto a Rei deve:
Pôs na guerra e na paz devido estudo.
Mas quão pesado foi ao Mouro rudo,
Tanto lhe seja agora a terra leve.
(...)
Tão ilustres sinais no forte escudo?
Ninguém, que nisso, enfim, se torna tudo;
Mas foi quem tudo pôde e quem tudo teve.
Foi Rei? Fez tudo quanto a Rei deve:
Pôs na guerra e na paz devido estudo.
Mas quão pesado foi ao Mouro rudo,
Tanto lhe seja agora a terra leve.
(...)
Luís de Camões, in "Sonetos"
8 comentários:
Grande luz...
Ó Portugal! Foste quem tudo pôde e quem tudo teve. Império inglório!
Hoje... Tudo deves.
Nota-se que foi uma fotografia tirada de "fugida" e de soslaio, porque ficou ligeiramente tortita. Mas de resto, está tudo no ponto rebuçado. ;-)
Eu acho que só com um pequeno toque na inclinação bastava para ficar no ponto. Tem bons detalhes Adelina
Best regards from France,
Pierre
Gosto muito e com a poesia de Camões e a música ainda ficou mais completa.
1 beijinho:)
Grande foto!!
O Camões apreciou-a de certeza!
Uma foto que nos transporta a outros tempos com a luz perfeita e com o P&B a realçar toda a beleza.
Enviar um comentário