Madrid, 2012 © Adelina Silva
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
3 comentários:
Excelente enquadramento Adelina.
Também gostei muito do título
sorrir é maravilhoso :D
Será que ainda existe motivos para sorrir? Ainda para mais, e como nós, os espanhóis?
Acho que actualmente a vida é para ser levada de semblante carregado e de quase luto...
:-)
Ups... este último :-) fugiu-me dos dedos...
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