quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Começo a conhecer-me. Não existo.

Bruxelas, 2013 © Adelina Silva

Começo a conhecer-me. Não existo. 
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram, 
ou metade desse intervalo, porque também há vida ... 
Sou isso, enfim ... 
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. 
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo. 
É um universo barato. 


Álvaro de Campo, in "Poemas"


2 comentários:

Arnaldo Macedo disse...

Adelina. Adorei a imagem e o texto... bjs

Remus disse...

Esta fotografia faz-me lembrar uma roda gigante a girar. Daquelas que existem nas feiras.
:-)

Um grafismo que cativa e prende o nosso olhar.