quarta-feira, 3 de março de 2010

Coração Polar

Póvoa de Varzim, 2010 © Adelina Silva

(…)
Não sei de cor é essa linha
onde se cruza a lua e a mastreação
mas sei que em cada rua há uma esquina
uma abertura entre a rotina e a maravilha
há uma hora de fogo para o azul
a hora em que te encontro e não te encontro
há um ângulo ao contrário
uma geometria mágica onde tudo pode ser possível
há um mar imaginário aberto em cada página
não me venham dizer que nunca mais
as rotas nascem do desejo
e eu quero o cruzeiro do sul das tuas mãos
quero o teu nome escrito nas marés
nesta cidade onde no sítio mais absurdo
num sentido proibido ou num semáforo
todos os poentes me dizem quem tu és.
Manuel Alegre

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo poema....muito intenso e apaixonado...bela declaração de amor.
Saudades
Marzie

mfc disse...

Um lindo poema que esta terra e todas as esquinas lindas desta Póvoa merecem!

Remus disse...

Que a casa dá nas vistas, lá isso dá!