quinta-feira, 10 de junho de 2010

Et voilá... o eterno destino...

Póvoa de Varzim, 2010 © Adelina Silva

Podemos muito bem, se for esse o nosso desejo, vaguear sem destino pelo vasto mundo do acaso. Que é como quem diz, sem raízes, exactamente da mesma maneira que a semente alada de certas plantas esvoaça ao sabor da brisa primaveril.
E, contudo, não faltará ao mesmo tempo quem negue a existência daquilo a que se convencionou chamar o destino. O que está feito, feito está, o que tem de ser tem muita força e por aí fora. Por outras palavras, quer queiramos quer não, a nossa existência resume-se a uma sucessão de instantes passageiros aprisionados entre o «tudo» que ficou para trás e o «nada» que temos pela frente. Decididamente, neste mundo não há lugar para as coincidências nem para as probabilidades.

Haruki Murakami, in “Em Busca do Carneiro Selvagem”
Sugestão Musical
Vangelis – West Across the Sea

2 comentários:

mfc disse...

Trocaria a ordem dos conteúdos... o nada que ficou para trás e o tudo que temos pela frente.

Remus disse...

O farol da Póvoa. O benfiquista. ;-)

O enquadramento/composição escolhidos resultou muito bem.
E a fotografia aliada ao texto formam uma boa parelha.