segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sou uma pausa


Lisboa, 2011 © Adelina Silva

A luz tece no muro indiferente
um espectral teatro de reflexos.

Bem no centro de um olho me descubro:
não me fita, me fito em seu olhar.

O instante se dissipa. Sem mover-me,
eu me quedo e me vou: sou uma pausa.

Octávio Paz


2 comentários:

mfc disse...

... são bem precisas!
... em tudo.

Remus disse...

Para seguir na onda:

Tudo é visível e tudo elusivo,
tudo está perto e tudo é intocável.


;-)