Póvoa de Varzim, 2012 © Adelina Silva
Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rasto,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLIII"
4 comentários:
Esta ave é barulhenta, polui... enfim, aves estranhas as "aves" feitas pelo homem
Parece de brincar... mas é um sonho de verdade!
Beijinhos,
Uma fotografia que realça a pequenez do avião em comparação com a imensidão do céu.
Pousado em terra, provavelmente o avião seria considerado um "pequeno" (é só uma avioneta) gigante.
É a prova que o tamanho é só uma questão de perspectiva.
:-)
fernão capelo gaivota
-_-
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