Porto Covo, 2015 © Adelina Silva
Junto do
mar, que erguia gravemente
A trágica
voz rouca, enquanto o vento
Passava
como o vôo do pensamento
Que busca e
hesita, inquieto e intermitente,
Junto do
mar sentei-me tristemente,
Olhando o
céu pesado e nevoento,
E
interroguei, cismando, esse lamento
Que saía
das coisas, vagamente...
Que
inquieto desejo vos tortura,
Seres
elementares, força obscura?
Em volta de
que idéia gravitais?
Mas na
imensa extensão, onde se esconde
O
Inconsciente imortal, só me responde
Um bramido,
um queixume, e nada mais...
Antero de Quental, in "Sonetos"
1 comentário:
Adoro esta praia , aqui muito bem fotografada.
Interessante que nesse banquinho virado para o mar, também tenho uma foto de uma menina.
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