quarta-feira, 13 de julho de 2011

A aranha


Póvoa de Varzim, 2009 © Adelina Silva

A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.

Fernando Pessoa





3 comentários:

mfc disse...

... as teias que a vida tece!

Fábio Martins disse...

Há que saber sair das teias da vida embora por vezes ela seja um grande embaraço. Bom detalhe

Remus disse...

Também tenho uma fotografia desta coisa para publicar. E ela também foi tirada na Póvoa. :-)

Fotografia está com um bom nível de detalhe excelente.
Parabéns!