terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Espaço Interior


Londres, 2011 © Adelina Silva

quando o poema
são restos do naufrágio
do espaço interior
numa furtiva luz
desesperada,

resvalando até
à superfície,
lisa, firme, compacta,
das coisas que todos
os dias agarramos,

quando
o poema as envolve
numa aura verbal
e se incorpora nelas,
ou são elas a impor-lhe

a sua metafísica
e o espaço exterior
que povoam de
temporalidades eriçadas,
luzes cruas, sons ínfimos, poeiras.


Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"

8 comentários:

Pedro Alves disse...

Arquitectura espectacular e muito bem recuperada!
Quase não se nota que há umas traves (ou arcos) acrescentadas.
Linda fotografia com uma luz invejável.

Fábio Martins disse...

Muito bom Adelina, muito mesmo!
Excelentes detalhes que conservas-te na imagem, é pena mesmo não estar na resolução máxima por estar hospedada na internet.

Beijoca

mfc disse...

Que maravilha... fiquei aqui uns minutos a sorver tudo!

Remus disse...

Reconheço esta fotografia de "outros carnavais". ;-)
Acho que está uma fotografia realmente fantástica e que o edifício é lindo.
Parabéns.

Rute disse...

Muito bonito, o edifício. A arquitectura é espectacular e está muito bem apresentada neste teu olhar.

1 beijinho:)

PAULO | PHOTOS disse...

muito interessante - cores, enquadramento e escala!

Gosto bastante!

[ OBS: curiosamente, a imagem no canto superior direito é muito nítida e no esquerdo, nem por isso!.. - será mesmo assim? - Digo eu, será defeito ou feitio?! :) ]

Pierre BOYER disse...

Greetings from Paris...

Pierre

João Farinha disse...

Linda. Além disso adoro este museu :)