Porto, 2011© Adelina Silva
Duas velhas bacias sobrepondo
suas bordas de mármore redondo.
Do alto a água fluindo, devagar,
sobre a água, mais em baixo, a esperar,
muda, ao murmúrio, em diálogo secreto,
como que só no côncavo da mão,
entremostrando um singular objeto:
o céu, atrás da verde escuridão;
ela mesma a escorrer na bela pia,
em círculos e círculos, constante-
mente, impassível e sem nostalgia,
descendo pelo musgo circundante
ao espelho da última bacia
que faz sorrir, fechando a travessia.
suas bordas de mármore redondo.
Do alto a água fluindo, devagar,
sobre a água, mais em baixo, a esperar,
muda, ao murmúrio, em diálogo secreto,
como que só no côncavo da mão,
entremostrando um singular objeto:
o céu, atrás da verde escuridão;
ela mesma a escorrer na bela pia,
em círculos e círculos, constante-
mente, impassível e sem nostalgia,
descendo pelo musgo circundante
ao espelho da última bacia
que faz sorrir, fechando a travessia.
Rainer Maria Rilke
5 comentários:
Uma no sentido oposto da outra. Foi um bom reparo Adelina :) *
Um vai e vem incessante!
... assim é a vida!
Como dois conhecidos que se encontram na rua. Cumprimentam-se e cada um segue a sua vida.
I love those boats...
Best regards,
Pierre
Gosto particularmente do contraste entre as cores fortes do barco e os tons suave do rio.
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