Póvoa de Varzim, 2011 © Adelina Silva
(...)
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
(...)
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
(...)
José Régio
4 comentários:
Caminhos partilhados lado a lado, que poderiam ser protegidos para serem descobertos daqui a milhares de anos.
O que é essas pessoas iriam dizer destas pegadas?
Excelente sentido de profundidade.
PS: Adorei a música. :-)
Gostei muito da fotografia e das palavras de José Régio.
Gosto sempre muito das palavras que nos trazes para aqui:)
1 beijo
Uma conjugação linda entre foto e texto que me soube bem olhar!
(Este é dos poemas que mais releio...)
marcamos o pensamento, a cada passo, com memórias, mais, ou menos profundas...
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