Valencia, 2012 © Adelina Silva
Por vezes cada objecto se ilumina
do que no passar é pausa íntima
entre sons minuciosos que inclinam
a atenção para uma cavidade mínima
E estar assim tão breve e tão profundo
como no silêncio de uma planta
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice
ou na alvura de um sono que nos dá
a cintilante substância do sítio
O mundo inteiro assim cabe num limbo
e é como um eco límpido e uma folha de sombra
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes
E é astro imediato de um lúcido sono
fluvial e um núbil eclipse
em que estar só é estar no íntimo do mundo.
do que no passar é pausa íntima
entre sons minuciosos que inclinam
a atenção para uma cavidade mínima
E estar assim tão breve e tão profundo
como no silêncio de uma planta
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice
ou na alvura de um sono que nos dá
a cintilante substância do sítio
O mundo inteiro assim cabe num limbo
e é como um eco límpido e uma folha de sombra
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes
E é astro imediato de um lúcido sono
fluvial e um núbil eclipse
em que estar só é estar no íntimo do mundo.
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
6 comentários:
Que coisa bonita!
Parabéns!
O lugar é lindo. Mas a presença do elemento humano, dá-lhe ainda mais impacto e proporção.
Momento reparador.
Estar só aqui, neste momento, com as palavras de Aº Ramos Rosa e com esta tua fotografia, é algo de extremamente reconfortante...a música a tornar o ambiente absolutamente mágico!
Excelente post. Senti-me mais do que em casa:))
1 bj e 1 bom fim-de-semana
Um lugar quase mágico...
(Porque tens o verificador de palavras activo?!
É tão chatinho!)
Beijos,
Belo momento num espaço lindo!
Gostei!
um banco "de jardim" e um cenário de "archistar" marcado pela presença feminina!...
boa foto.
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