Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe. O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente à anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos. E mais espantoso ainda é o que passa por saber.
Philip Roth, in "A Mancha Humana"
5 comentários:
My god! que beleza de fotografia, a cor espaço o momento de disparo.perfeito esta não é de 5***** vale 10. Parabéns
Lugar muito rico. Tanto em termos de decoração quer em termos de cores.
A presença dos elementos humanos, deu uma outra ordem de grandeza à fotografia.
Ali sentada, com que intenção? Qual o motivo? Qual a consequência? Qual o significado?
O porquê, não sabemos!..
Bjs
Como dizia Sócrates
"Só sei que nada sei".
Foto fabulosa, conseguiste transmitir-nos a beleza deste local e toda a misticidade que tem.
Nunca fui a sevilha mas este lugar com todos aqueles painéis de azulejos deve ser fantástico.
Beijinhos Adelina
Se soubéssemos tudo... morreríamos de desgosto!
É melhor assim.
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