O caminho está cheio de cidades
Cujo nome perdi. Tal como o teu.
Cobria-te do sol pela manhã
E era suave ocultar-te com o corpo.
Isso deve bastar-te. Basta-me a mim.
É inútil chorares aí à porta:
Os sapatos conduzem ao caminho.
Atira se puderes minha lembrança a um poço
Ou aprende as canções da tua infância.
Os sapatos conduzem-me ao caminho.
J.M. Fonollosa, in “Cidade do Homem: New York”
2 comentários:
O caminho pode ser longo, mas à primeira vista é aprazível.
Acho que o senhor merecia ter ficado com as pernas inteiras, mas tirando isso acho que o enquadramento resultou bem.
Percorremos repetidamente os mesmos caminhos, esquecidos dos nomes das ruas.
Nada muda. E a memória não nos ajuda... os nomes passam para um lugar secundário.
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