Valencia, 2012 © Adelina Silva
(...)
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"
4 comentários:
Um momento de pode casual.
Ela com a sua saca toda jeitosa e ele de olhos nos olhos.
Para mim, pode sair uma frutinha fresca e suculenta e um pedaço generoso de queijo. Não quero mais nada. Já fico muito feliz só com isso.
:-)
Cenas do quotidiano que valem por mil palavras.
Interessante a foto do mercado, muito parecido ao que vi em S. Paulo.
Beijos
Manu
Gosto destes retratos da vida tal como ela é...
Absolutamente centrada e num equilíbrio perfeito.
É a vida, nua e crua. Com as suas corridas e pequenos contra-tempos, que bem ou mal lá temos que ir vivendo.
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