Londres, 2011 © Adelina Silva
Isto de um homem se sentir só, à saída
do trabalho, do cinema, ao ir pra casa...
Saber que ninguém espera que cheguemos,
para alegrar-se ao ver-nos, ou rechaçar-nos,
torna inimiga, deserta
e inóspita a mais povoada rua.
Os amigos... Contam-me problemas
e com a pressa desandam. E uma pessoa fica
de novo e outra vez sozinha, constrangida
a enroscar-se no seu ego e no seu tédio.
Com que vazio deparamos em nós próprios
quando buscamos o nosso eu interno.
Que ser desagradável se contempla
examinando o nosso próprio ser.
E aqui, entre tanta gente, na cidade,
sentimos que nada interessamos a ninguém.
do trabalho, do cinema, ao ir pra casa...
Saber que ninguém espera que cheguemos,
para alegrar-se ao ver-nos, ou rechaçar-nos,
torna inimiga, deserta
e inóspita a mais povoada rua.
Os amigos... Contam-me problemas
e com a pressa desandam. E uma pessoa fica
de novo e outra vez sozinha, constrangida
a enroscar-se no seu ego e no seu tédio.
Com que vazio deparamos em nós próprios
quando buscamos o nosso eu interno.
Que ser desagradável se contempla
examinando o nosso próprio ser.
E aqui, entre tanta gente, na cidade,
sentimos que nada interessamos a ninguém.
J. M. Fonollosa, in "New York - Cidade do Homem"
7 comentários:
Bom p&b.
Gosto do movimento e do alinhamento à esquerda.
... rush hour!
Perfeito!
Tal como nesta fotografia, também a vida é passageira e passa em passo acelerado.
Por detrás dos passos acelerados , há vida, há o pulsar de corações, há emoção.
Uma foto com arte sem dúvida!
Beijos
Manu
Uma ilustração perfeita para o poema que escolheste.
Gosto bastante do efeito de arrasto..
Uma cena urbana muitíssimo bem captada. Adorei. Parabéns mais uma vez.
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