Lisboa, 2011 © Adelina Silva
Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
Ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.
E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.
Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.
E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranquilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém..
o corpo era de areia.
Ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.
E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.
Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.
E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranquilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém..
Natália Correia
7 comentários:
Um ponto de vista bem "descoberto" e apanhado. Onde mostra a verdadeira pequenez das pessoas, em comparação com a roda dos ventos.
A versão em preto e branco até a favorece. Bom pormenor captado
Adorei a perspectiva e a ideia de pequenez dada pelos carros quase invisíveis ao longe.
Beijos
Manu
Como somos pequeninos nesta imensidão a que chamamos mundo...parabéns pela excelente fotografia e pela escolha do poema. É sempre bom recordar Natália Correia
A grandiosidade versus a pequenez!
Boa tomada...
Uma foto simples, mas que resulta muito bem, com um grande impacto.
como diz o Remus, um ponto de vista bem descoberto. ;-)
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