terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sonho de uma noite de Inverno

- Ainda demoras muito a ir para a cama? - perguntou ela.
Ele respondeu: - Não, não... estou quase a acabar.
- Então aguardo. Não tenho sono.
Dirigiu-se para o sofá. Deitou-se, aconchegou-se, enroscou-se, colocando-se em posição fetal. A chuva batia nas persianas, o vento assobiava. Concentrou-se nesses sons. Passaram-lhe muitas imagens pela cabeça. Sentiu um calor a percorrer-lhe o corpo. Adormeceu.
Todos na casa sabiam que, devido às insónias que tinha frequentemente, quando adormecia em caso algum a deveriam acordar. Ele assim fez. Chamou pelo seu nome, mas não obteve resposta. Deixou apenas uma luz acesa e saiu da sala.
Acordou. Abriu os olhos. A sala estava em silêncio apenas com uma luz acesa. Olhou para o relógio - eram 4:38h. Sentiu que tinha dormido uma eternidade. O corpo não estava dorido. Espreguiçou-se. Levantou-se e dirigiu-se para o quarto. Deitou-se em silêncio. Sentiu uns braços que a abraçavam enquanto lhe sussurravam ao ouvido: Estava à tua espera. Adoro-te! Amas-me?
Ainda não completamente desperta, ficou na dúvida se o que tinha ouvido fazia parte do sonho. Sentiu que a abraçavam. Sentiu a respiração quente no seu pescoço. Tudo aquilo se estava a passar de verdade.
- Tens dúvidas? – respondeu.
- Se não estivesses comigo, não estaria com mais ninguém! – disse-lhe, enquanto a abraçava.
Com os corpos entrelaçados, adormeceram.

1 comentário:

mfc disse...

O sonho é sempre a meta a atingir.
E é tão bom atingi-la.