Póvoa de Varzim, 2011 © Adelina Silva
Confundido os seus cabelos com os cabelos
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.
Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.
Passam aves de asas agudas e a curva dos seus
olhos prolonga o interminável rastro no céu
branco.
Com a boca colada ao horizonte aspiram longa-
mente a virgindade de um mundo que nasceu.
O extremo dos seus dedos toca o cimo de
delícia e vertigem onde o ar acaba e começa.
E aos seus ombros cola-se uma alga, feliz de
ser tão verde.
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.
Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.
Passam aves de asas agudas e a curva dos seus
olhos prolonga o interminável rastro no céu
branco.
Com a boca colada ao horizonte aspiram longa-
mente a virgindade de um mundo que nasceu.
O extremo dos seus dedos toca o cimo de
delícia e vertigem onde o ar acaba e começa.
E aos seus ombros cola-se uma alga, feliz de
ser tão verde.
Sophia de Mello Breyner Andresen
5 comentários:
Que bela imagem desses azulejos!
Uma cena comovente.
Parabéns ao artista que a pintou, da qual a Adelina só teve que captar a alma. Objectivo totalmente bem alcançado.
Eu lembro-me delas...
E continuam a existir em cada mulher de verdade.
Um pouco da vida destas mulheres que sofrem. Um registo acompanhado em azulejo de algo bem português.
Adorei o poema.
Que beleza de blog. Estou viajando nas suas imagens e poesias. Meus parabéns.
Já estou seguindo.
Um abraço
Roberto, Brasil
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