Póvoa de Varzim, 2010 © Adelina Silva
Neste meu hábito surpreendente de te trazer de costas
neste meu desejo irrefletido de te possuir num trampolim
nesta minha mania de te dar o que tu gostas
e depois esquecer-me irremediavelmente de ti
(...)
Contar a vida pelos dedos e perdê-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fada
Abrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouro
E no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
neste meu desejo irrefletido de te possuir num trampolim
nesta minha mania de te dar o que tu gostas
e depois esquecer-me irremediavelmente de ti
(...)
Contar a vida pelos dedos e perdê-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fada
Abrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouro
E no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
António Maria Lisboa
7 comentários:
Um mar de prata debaixo de um céu de tempestade.
Bela fotografia!
Mar e céu metálicos, as cores da estação.
Daqui, até sinto o cheiro e sabor da maresia.
Abriu-se uma janela onde as nuvens encasteladas e um mar azul prata me encantou e seduziu.
Bela foto.
Beijos
Manu
Ficou com um dramatismo mesmo espantoso. Agora no Outono/Inverno tira-se boas fotos como esta, na praia :-)
Uma foto e um poema que se complementam. Gostei imensamente. Parabéns. Voltarei mais vezes.
Um mar lindo... percebido... sentido... mas frio como a realidade!
Um mar frio mas fantástico! Muito bem! :)
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