Póvoa de Varzim, 2009 © Adelina Silva
Cada irmão é diferente.
Sozinho acoplado a outros sozinhos.
A linguagem sobe escadas, do mais moço,
ao mais velho e seu castelo de importância.
A linguagem desce escadas, do mais velho
ao mísero caçula.
(...)
São estranhos próximos, atentos
à área de domínio, indevassáveis.
Guardar o seu segredo, sua alma,
seus objectos de toalete. Ninguém ouse
indevida cópia de outra vida.
Ser irmão é ser o quê? Uma presença
a decifrar mais tarde, com saudade?
Com saudade de quê? De uma pueril
vontade de ser irmão futuro, antigo e sempre?
Sozinho acoplado a outros sozinhos.
A linguagem sobe escadas, do mais moço,
ao mais velho e seu castelo de importância.
A linguagem desce escadas, do mais velho
ao mísero caçula.
(...)
São estranhos próximos, atentos
à área de domínio, indevassáveis.
Guardar o seu segredo, sua alma,
seus objectos de toalete. Ninguém ouse
indevida cópia de outra vida.
Ser irmão é ser o quê? Uma presença
a decifrar mais tarde, com saudade?
Com saudade de quê? De uma pueril
vontade de ser irmão futuro, antigo e sempre?
Carlos Drummond de Andrade, in "Boitempo"
5 comentários:
... e com o passo certo!
Gostei muito desta foto e da sua simplicidade!
duas irmâs: "uma iluminada e outra não" :)
gosto.
...e as senhoras são mesmo irmãs?! Agora fiquei curiosa...gostei da fotografia, gosto imenso destes instantâneos de rua.
1 bj
Olá Rute!
Eu não sei se serão irmãs... vi as senhoras na rua e tirei uma série de fotos. Mas são mesmo parecidas... eheheh
Obrigada pelos comentários.
Olhando para a cara delas, eu diria que são mesmo irmãs. E até especulo, que as duas vão as todas arranjadinhas às compras.
:-)
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