quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A mentira

Detesto mentiras. Costumo dizer a quem me rodeia (família, amigos, alunos, colegas, etc) que prefiro que me digam a verdade mais cruel do que uma mentira dourada e doce. Perdoo tudo... excepto a mentira.

Vem isto a propósito de que ontem, em conversa com o meu amigo e companheiro, comentei alguns dos comportamentos de pessoas que ele não conhece, mas que eu vou conhecendo... pelas mentiras que vão dizendo.

Jantavamos os dois... iamos comentando o nosso dia de trabalho. Falei-lhe de duas situações que tinha vivenciado, descrevendo o comportamento e as reacções das pessoas perante alguns factos, e que eu sabia, claramente, que não estavam a falar verdade. Nestas coisas há sempre que ouvir pelo menos duas fontes. Enquanto eu ia falando ele ia sorrindo e, finalmente, acabamos os dois a rir. Detesto que façam de mim parva, e quando me apercebo de que o estão a fazer, por vezes, vou deixando ir na onda, testando até onde o limite da falsidade daquela pessoa pode ir. É um exercício curioso...

Dizia há uns tempos a minha amiga: "Adelina, as coisas vêm longe, e tu já as estás a captar"... O povo diz: "Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo".

Falar a verdade, sem encobrimentos, omissões, meias verdades, faz parte dos nossos valores e da nossa educação. Fingir que não se é ou que se é, sem ser; que se sabe ou que não se sabe, sabendo; que se tem ou que não se tem, tendo... que aprendizagem podemos retirar daí?

Sem comentários: