
Possuo para sempre tudo o que perdi. (…) Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto – aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria, e digo-te baixinho: Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge.
Al Berto, in “O último coração do sonho”
3 comentários:
Um texto onde tudo é dito de uma forma linda, como lindo é o teu olhar atento pela foto que nos mostraste.
Quando de uma pequena pintura consegues obscurecer um pedaço de céu azul como de um livro de poemas se trata se e cuja, a capa diz o nome da minha amada... SIM MINHA AMADA!!! Sim se ela decidir amar e ser amada por aquilo que resta de mim...
um texto intenso e bonito... uma óptima escolha, Adelina... a foto está muito bem também...
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