14 de janeiro
todo o santo dia bateram à porta. não abri, não me apetece ver pessoas, ninguém.
escrevi muito, de tarde e pela noite dentro.
curiosamente, hoje, ouve-se o mar como se estivesse dentro de casa. o vento deve estar de feição. a ressonância das vagas contra os rochedos sobressalta-me. desconfio que se disser mar em voz alta, o mar entra pela janela.
sou um homem privilegiado, ouço o mar ao entardecer. que mais posso desejar? e no entanto, não estou alegre nem apaixonado. nem me parece que esteja feliz. escrevo com um único fim: salvar o dia.
Al Berto
6 comentários:
Tem tudo a ver, foto, a ambiência, quase me senti o Robison Crusoe por um momento. beijinho
... pelo contrário, o mar apazigua-me! Ouvi-lo é como manter um diálogo com alguém que nos escuta (e todos precisamos muito de sermos escutados)!
F
e
l
i
z
d_____i_____a
d
a
M__________Ã__________E
hoje e sempre.
íssimo.
E tantas e tantas vezes é esse o único refúgio de 'salvar o dia'.
Um abraço grande destes lados do Desassossego
Em termos de enquadramento, acho que a fotografia está ligeiramente torna.
Mas a simplicidade aliada aos pormenores e detalhes transformaram a fotografia em única.
Esta fotografia está perfeita!
Beijinhos
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