As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar
ergues de novo as cansadas e sábias mãos
tocas o vazio de muitos dias de desejo e
o amargor húmido das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada
Al Berto
6 comentários:
Elas dizem tanto... e olhá-las é percorrermos toda uma vida por tudo que nos sugerem e viveram.
Gostei de ver o pormenor do sol a espreitar no fim da palma da mão.
Em termos de tonalidades é que acho que a fotografia ficou meio estranha. Até parece que ela foi tirada através de um vidro e ficou meia ofuscada.
Gosto das mãos. Gosto de olhar para elas. Gosto de imaginar a obra que essas mãos criaram. Gosto de imaginar a vida que as mãos suportaram.
Beijinhos
o poder das mãos que as tuas palavras tão bem descrevem
dizer-te também do meu livro...In-finitos sentires que vão ser desenhados em papel. O lançamento é no próximo dia 27 de Junho, às 16 horas na Biblioteca de Valongo (Porto)...aparece se puderes
beijo
sublime e saudoso Al Berto.
a quem a vida transportou para uma outra dimensão, ainda por decifrar.
um beijo Adelina,
um bom fim de semana.
São as mãos que fazem o mundo girar. Fazem sentir, serem sentidas...
BSH
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
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