
Gondomar, 2009 © Adelina Silva
Teci durante a noite a teia astuciosa
Dum poema.
Armei o laço ao sol que há-de nascer.
Rede frágil de versos,
É nela que o meu sono se futura
Eterno e natural,
Embalado na própria sepultura.
Vens ou não vens agora, astro real,
Doirar os fios desta baba impura?
Dum poema.
Armei o laço ao sol que há-de nascer.
Rede frágil de versos,
É nela que o meu sono se futura
Eterno e natural,
Embalado na própria sepultura.
Vens ou não vens agora, astro real,
Doirar os fios desta baba impura?
Miguel Torga

Gondomar, 2009 © Adelina Silva
7 comentários:
Tecemos tramas, idealizamos cenários, construímos situações, tiramos ilações... em suma, não paramos de sonhar!
Adelina
Afinal, não te conhecia!..
Só te via na luz do dia.
Escondias uma outra magia...
na sensibilidade da fotografia.
Não sei como foi realizada e concretizada, mas sei que as tonalidades aliadas ao grafismo da teias ficaram excelentes.
Parabéns.
Magnífico grafismo e textura. Está maravilhoso o conjunto das duas fotos e o texto do Torga é um magnífico complemento. Fantástico!!
Essa teia quase parece a trama dos meus pensamentos, a forma como me enredo neles... para mim são sobretudo as cores e os fios bem delineados que me surpreende... ah, e a música... transporta-me a um certo mistério... Gostei!!!
as cores, na 1ª fotografia, em desfoque, estao fantasticas... :)
Muitos parabéns!
Os registo ficaram perfeitos!
Beijinhos
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