"Desejei-te ontem, demais, e hoje também. Todos os dias são o mesmo dia quando te desejo assim. Só penso em ti. És inigualável. De olhos fechados consigo encontrar-te noutros corpos, mas só o teu amo de olhos abertos. Amo-te demais. (...) Não te peço o teu amor. De ti não exijo nada. Mas nunca me digas que o amor é impossível. Tu fazes-me viver, sonhar, acordar com pesadelos. Quando te escrevo tu não foges das minhas páginas. Acompanho o teu sorriso de longe e de perto, meu príncipe das trevas, lindo. Guardo comigo o teu olhar e sei que te recordas do meu corpo a tentar convencer-te que o meu amor é inteiro, embora nunca o seja o bastante. É bom desconfiar do amor porque ele às vezes é traiçoeiro, metamorfoseia-se em reles sentimentos, eras tu que mo dizias. Eu não concordo. Desculpa-me príncipe, o ter-te acordado hoje tão cedo. (...) Tu sabes que eu sou uma apaixonada. Perdoa-me. Diz qualquer coisa logo que possas. Sinto saudades, é só. Não existe corpo, não existe face, não existe sexo e existe tudo isso.
Só o amor é imortal, acredita."
Só o amor é imortal, acredita."
Pedro Paixão
3 comentários:
Será que alguma vez falei como P. Paixão?!
A foto... lembrou-me a Vitória de Samotrácia! Intrigante...
Das melhores coisas que vi ultimanente -fotografia- o texto impressionante.
Que coisa mágica este poema! De quem é Adelina
Abraço
Coitado... eu caiu mesmo de cabeça. :-|
Eu pensava que os anjos não tinham sexo... mas afinal fui enganado. :-)
É uma escultura muito simbólica. Podemos pensar que somos imortais, mas afinal não somos.
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