domingo, 8 de março de 2009

Com as Gaivotas

Póvoa de Varzim, 2009 © Adelina Silva
Contente de me dar como as gaivotas
bebo o Outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.

Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas,
leve o diabo essa morte dia a dia.

Eugénio de Andrade, in “Os amantes sem dinheiro”


1 comentário:

mfc disse...

Passear neste areal... ou ver os outros passearem é sentir o que Eugénio queria dizer com aquele verso "E como toda a gente quero alegria..."!
Muito bem conseguida a junção dos dois elementos.