terça-feira, 31 de março de 2009

Janela Indiscreta

Sevilla, 2009 © Adelina Silva

Chega ao fim do dia
a hora mais lenta, quando o céu
é vago e as luzes se acendem
no prédio da frente.

Vemo-los por vezes
dentro das janelas, vultos
delicados como miniaturas
ou meros reflexos que passam
nos vidros.

Alguns prosseguem encargos
de sombra, outros detêm-se
a olhar a rua, no gesto
a expressão do seu puro
enigma.

Rui Pires Cabral

1 comentário:

mfc disse...

Conhecemos-lhe apenas a aparência.
Serão sempre vultos.
A imagem é fantástica.