Era uma vez uma princesinha muito bonita, que estava a contemplar num espelho os seus lindos cabelos loiros, quando, de repente, lhe apareceu uma velha muito feia que lhe pediu que a deixasse pentear, pois nunca vira cabelos tão lindos. A princesinha, que teve muito medo da velha, não quis. Então a velha rogou-lhe uma praga – que tu tenhas de ir dançar todas as noites com o Diabo no Inferno, até gastares sete pares de sapatos de ferro. E nessa noite, quando a princesinha dormia, ao dar a última badalada da meia noite, foi levada pelo Diabo.
Ruy Coelho
[Com coreografia e interpretação de José de Almada Negreiros, Diabo, e Maria Mello Brayner, Princesa, foi apresentada no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa a 10 de Abril de 1918, três anos após a sua primeira representação (no palácio dos marqueses de Castelo-Melhor, na mesma cidade), A Princesa dos Sapatos de Ferro, obra composta em Berlim por Ruy Coelho, em 1912. O argumento é do próprio Compositor, baseado num conto popular.]
4 comentários:
Ser-se levado pelo Diabo não é em si mau!
Há que ter em conta sempre qual é a alternativa...
Alguém me dizia (e eu concordo): quero ir para o Céu por causa das vistas e para o Inferno por causa da companhia.
Sera que o Diabo a levou mesmo?
Aqui eh que eh o inverno!
beijinhos,bom fim de semanana
Whispers
será esta história um final ou um re.começo
[?]
um beijo Adelina.
um bom fim de semana.
Mas dançar com o diabo, não quer dizer que seja uma coisa má. Ele é pode saber dançar muito bem... :-) :-) Pelo menos dançar melhor que eu, isso sabe de certeza. :-)
A fotografia e o respectivo texto fazem uma a relação muito boa.
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