

Tinha o vento contra a cara e as nuvens e as ondas do mar por conta própria. Sofria muito de amores e não havia amor que durasse que não magoasse. Jurava-me que um dia viria a não ser eu, sem saber o que dizia, sem antecipar a ilusão. (…) E agora a dor de ser já quem se não queria, ultrapassada a irremediável distância que vai do desejo ao seu fim, sem nada mais poder adivinhar. Saudades de mim, de quem nunca fui.
Pedro Paixão, in "Quase Gosto da Vida que Tenho"
3 comentários:
nunca foi?
Sequência bem conseguida, com as diferentes profundidades de campo e respectivas focagens.
Saudades de nós?! Quem as não tem?
Há que as tornar num estímulo porque ainda vamos a tempo.
E as escolhas?! Nas escolhas não há profundidade de campo. Há que desfocar umas para tornar nítidas outras!
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