segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tenho tempo para ti

Póvoa de Varzim, 2009 © Adelina Silva


Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo da algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.



António Ramos Rosa

1 comentário:

mfc disse...

Não é só importante termos tempo para quem gostamos.
Também temos que fazer perceber que temos tempo para ele(a).
A fotografia e o texto continuam a fazer um todo.